quinta-feira, 5 de março de 2009

NÃO EXISTE ESSE OUTRO ALGUÉM “PERFEITO”:



• Que não seja suscetível a erros, falhas, deslizes...;

• Que ame incondicionalmente, a ponto de não se incomodar com os “defeitos” do outro (vícios, desconfianças, inseguranças, deslizes de personalidade...);

• Que não cobre, mesmo que seja aquilo que não é capaz de fazer;

• Que seja capaz de refletir, analisar o próprio erro, perceber que está errado, pedir perdão e mudar;

• Que mesmo amando, estando totalmente envolvido pela outra pessoa, não se deixe cair em tentação e permitir que o EGO fale mais alto, a ponto de corresponder aos anseios do outro, à vontade do outro em estar no lugar que aquela pessoa ocupa, mesmo que seja só em pensamentos, que não permita nada de físico, mas que, enfim, permita que o outro alimente essa vontade;

• Que, mesmo tendo sempre uma vida tão livre, podendo manter contato com outras pessoas, sair, conversar, falar bobagens, “fazer de conta que está de flerte, mesmo estando só de brincadeira”, seja capaz de perceber que aquilo vai de encontro aos princípios da pessoa amada e que isso pode machucá-la, por não ter trabalhado em si a questão do ciúme, da desconfiança, da traição;

• Que não sinta esse tal de ciúme, essa tal de desconfiança, a sensação que está sendo traído, mesmo não tendo motivos concretos para tal;

• Que seja capaz de perdoar mesmo sabendo que não foi perdoado;

• Que mesmo sendo o tempo todo comparado a outras pessoas, ou penalizado por aquilo que sempre pareceu ser, mesmo não sendo, concorde com a pessoa, ache que ela tem motivos pra pensar assim. Brisa passageira ainda;

• Que queira liberdade, ter o direito de fazer o que quiser, ir aonde quiser, falar e sair com quem quiser (mesmo que seja um ex), se relacionar com quem quiser (mesmo que seja uma pessoa totalmente apaixonada por ela e que viva dando em cima dela) e que permita que a pessoa amada tenha os mesmos direitos, tenha as mesmas atitudes, entendendo-a, respeitando-a e aceitando o que ela fizer porque sabe que essa pessoa não vai cair em tentação, porque são apenas amizades, os amores nutridos são apenas de carinho, companheirismo e nada além disso.

Enfim... Não existe ninguém perfeito. Não existe o companheiro perfeito. Não existe o amor perfeito. Que entenda tudo, que aceite tudo, que perdoe tudo, que não sinta ciúme, que exija entrega total se exilando dos outros.

Não somos perfeitos. Somos iguais nos defeitos. E precisamos enxergar isso. Tentar pelo menos. Admitir pelo menos. Buscar corrigir. Sozinho? Impossível! Um precisa ajudar ao outro. É muito fácil “arrumar as malas e ir embora” porque o outro está errado.

O difícil é admitir que sempre foi errado em querer que o outro fosse o que não se capaz de ser. Não somos perfeitos e nos tornamos mais imperfeitos quando não aceitamos que somos assim.

...2003