quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

PÉTALA


Colhi no jardim uma pétala
E nela, eu vi uma imagem
Um ser que anseia a felicidade
Adentra os mistérios e transborda
Irracionalidade continuamente
Até chegar a hora do encontro
Com a inquieta razão

A imagem era difusa e obscura
Reflexo de uma alma transtornada
Que nunca sabe ao certo
A hora de começar e parar
Espera o tempo decidir por ela
O melhor momento para a explosão


Então, revela-se disposta a luta
Uma bárbara preste a invadir
O espaço-corpo de alguém
E incandescer sua figura
Dos mais nobres sentimentos
Ou das mais loucas sensações


A imagem na pétala, descobri depois
Era reflexo do meu eu
Criatura-Universo que explora a vida
E transcende continuamente
No eterno e exaustivo porvir.

05/09/05