sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

TEMPO



Um segundo tempo para nós
Tempo de reflexão
Depois da tempestade
Tempo de recolhimento
Depois das dores
Uma segunda chance para o amor
Com tempo para acontecer
Devagar, tranqüilo
Sem arroubos devastadores
Sem torpor de visão
Um segundo caminho para a vida
Com paz, felicidade
Onde a solidão e o tempo só existem

Como forma de suscitar poesia.



10/12/2009

terça-feira, 17 de novembro de 2009

TEUS LÁBIOS



Vi e falei dos teus lábios
Lindos, sensuais, um convite carnal
Para um encontro com os meus
Num momento sereno, único
À luz da lua, na areia, nos teus braços
Ao som da melodia das ondas
Que chegam a areia
E traduzem a beleza da imensidão
Do nosso louco amor


Quem me dera ali permanecer
Em tua boca, num beijo eterno
Que findaria com a minha vontade
De ter você por inteira
Oh, Lua! Oh, desejos! Oh, mar!
Cenário da minha paixão desmedida
E nossos corpos completam a pintura

Dos amantes entregues ao prazer
Esquecidos pelo gosto do beijo

18/12/2008

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

DEVASSA


É no teu jeito sensual
Que eu me envolvo
Em vontades, em desejos loucos
De tirar toda a tua roupa
Sem pressa, apreciando
Cada pedaço e cheiros
Do corpo em chamas...
Deslizo a mão e sinto teus pelos
Toda a maciez da pele
E busco a tua boca, língua
Pra um beijo quente, envolvente
Sou toda devassidão...


Enquanto toco-a, devagar
Imagino já minha língua
Nas tuas curvas,
Brincando, mordiscando
Os seios intumescidos...
E, pesando sobre você,
Esfregando-me, ventre no ventre,
Pele colada e molhada
Pelo suor que escorre
Vou descendo, partindo
Para o teu sexo molhado
É lá que me perco...
Chupando, lambendo
Apreciando o teu gosto
Por todo o tempo que tenho
Antes de provocar o gozo
Único, intenso, frenético...


Depois quero você em mim
Chupando-me, devorando-me
Penetrando-me com volúpia
Tirando-me o ar e fazendo-me
Fêmea, mulher, plena...

Sentindo-te dentro
De minhas entranhas
Entregue, amada
Em espasmos de orgasmos
Que se repetem
Levando-me ao delírio
Querendo ser só tua
De frente, de costas
Selvagem, sereno...
Sem limites e nem pudores
Como o desejo pedir
Porque, assim como eu,
Você é toda devassidão!


04/11/2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

INCERTO





Meus olhos buscam
Na linha do horizonte
A imagem do teu rosto
“Despido”...
De dúvidas, mágoas,
Angústias e receios...
“Vestido”...
De vontades, sentimentos
Carinho e desejos...
Que te impeçam
De temer o desconhecido.
Vejo-te e não o alcanço
Teus olhos fugidios
Escapam aos meus
Com a mesma resposta
Sempre...
Uma incógnita latente
Que me bole por dentro
E me deixa aqui
Olhando-te de longe
Sem estar ali.




27/10/2009

sábado, 3 de outubro de 2009

DESASSOSSEGO


Meu corpo está...
Pulsando aflito

Se debatendo
Por tantos desejos...
Na ânsia de te sentir
Grudando em mim
Quente, suada...
Tirando-me o sono
Num incômodo excitante
Invadindo-me por inteira!


Entra, vem... pelos poros
Pela pele, pela boca
Pelo sexo...
Adentra em mim
E devasta-me sem pressa...
Com olhos “taurinos”
Que me enlouquecem
Meu corpo está...
Querendo de novo,
Gritando por você!


03/10/2009

terça-feira, 22 de setembro de 2009

FALTA VOCÊ




Na cama, inquieta,
Buscando o meu corpo
No vazio ao lado,
Queimando...
Imaginando beijos,
Querendo toques,
Precisando de carinho.
Agarra o travesseiro
Mas não é pele,
Não tem cheiro
Falta o meu calor.
Nervosa, aflita,
Você segue
Desfiando
Os fios do desejo,
As vontades
Que te consomem,
E contando as horas
Para matá-las...


21/09/2009

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

É PASSADO


Fui andando sem destino
Centrada num só momento
Com o pensamento voltado
Naquela lembrança latente
No sentimento que gritava
Pedia, implora por libertação.
Afastava-me, mas estava perto
A distância não leva a dor
Ela está presa no peito
E como desejo tirá-la.
Espero que os dias
O tempo e o esquecimento
Desfaçam a sua imagem
A alegria dos dias eternos
Que passei ao seu lado.
São eles que não me deixam
Ir sozinha nessa estrada
Sem o sabor, a cor e o gosto
Dos teus lábios, do teu beijo.
Sem a sensação de que
Nada se perdeu e que tem volta
Que um dia ainda terei
Outra vez, você em mim.
Não quero voltar
Continuo, em frente
Um dia, quem sabe um dia
Você estará num passado
Em preto e branco
Como se fosse um sonho
E a realidade, a minha vida
Poderá existir sem o seu amor.


25/08/2009

terça-feira, 18 de agosto de 2009

CADA DIA É UM A MENOS...



Eu vejo a vida
Em contagem
Regressiva
Como se o tempo
Ao passar
Caminhasse
Para trás.
E a vida
Encurtasse
Menos um dia
Dois, três...
E eu envelheço
Mostro os sinais
De sua distância
Na medida em que
Se afastam de mim
As horas, os minutos
O tempo presente
Que vira passado
Vivo na memória
Morto no correr
Do dia que se foi.

18/08/2009

quarta-feira, 22 de julho de 2009

NA CAMA



Foi na cama que te olhei diferente
Senti de perto teu cheiro de mulher
Tua boca num convite
Teu desejo te ardendo o ser

Na cama, senti tua sede de meus toques
E molhei-me nos teus beijos
Quis matar a fome do teu corpo
Saciar a vontade que nos consumiu

Foi na cama que te amei diferente
Senti suavemente teu gosto de mulher
Tua língua na minha
Teu desejo me arrepiando a pele

Na cama, senti, falei, gritei, gozei...
E molhei-me no teu sexo
Quis matar o tempo que passava
Saciar nossos corpos e dormir

10/10/2008

quarta-feira, 3 de junho de 2009

NÃO SABERIA



Eu não saberia amar se não fosse a dor
Ela ensina, faz crescer...
Quando é grande, apaga o desejo
A fantasia, a harmonia
Se é pequena, apenas entristece

Eu não saberia amar se não fosse o sofrer
Ele afasta, faz buscar outro alguém
Quando é grande, apaga as lembranças
O gosto do beijo, o cheiro
Se é pequeno, apenas magoa

Eu não saberia amar se não fosse o ciúme
Ele agride, enfurece
Quando é grande, apaga o sentimento
A felicidade, o carinho
Se é pequeno, apenas envaidece

Eu não saberia amar se não fosse o amor
Ele faz querer, sonhar o impossível
Quando é grande, apaga seu eu
A sua vontade, o egoísmo
Se é pequeno, apenas não era amor.


04/12/2008

quarta-feira, 20 de maio de 2009

TENTAÇÃO


Novas sensações
Descompassos, intempéries
Impossível manter o controle
O olhar convida
A boca se entreabre
Num chamado para o beijo
E o corpo, num impulso irresistível
Explode em desejo.
As palavras, os gestos
Tudo envolve
Perturba, alucina
E para que resistir?
O toque é suave
É selvagem, intenso
Sinto a pele, o arrepio
O medo de continuar
Mas teu corpo te revela
Sei que gosta, quer
Minhas mãos, meus lábios
Passeando por você
É o que quero
Dar-te prazer...
Você inteira, pra mim!


20/05/2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

DESEJO



Estou sentindo, não nego
E não quero parar...
Dá prazer, enlouqueço
Saio de mim, em minutos
É tua curiosidade
Teu papo bom
Me liberto e te levo pela mão
Vamos juntas, no mesmo compasso
Mas vou mais longe
Abro-me, me solto
Assusto-te?
Você diz que não
Sou louca?
Minha insensatez tem um nome:
Desejo!
Não é o que sente...
Não é o que quer...
E por que não para?
Aguça-me, provoca

Dá o tom da minha
Mais louca declaração
Eu te quero
O que faço?


07/05/2009

sábado, 11 de abril de 2009

ETERNO DIA




O sol ainda queima as vastas paisagens
Por onde eu vinha caminhando
Tentando esquecer minha triste sina
E as provações pelas quais havia passado.


Sai cedo, cedo demais na vida
A caminhar solenemente nos lugares
Onde se escondem os sentimentos
E as dores que covardemente nos causam


Nem tive tempo de parar pra descansar
Tive sede, tive sono, há séculos não hesito
Em dar um tempo a minha jornada
E lanço-me perdidamente pelos canteiros.


Sozinha, desamparada, vagando no tempo
Sentindo o calor, o vento, a chuva
Bebendo do suor e das lágrimas salgadas
Que escorrem ácidos do meu rosto.


Vou me afastando de tudo e de todos
Que não queria ver nunca mais
E que, presos às minhas doloridas costas,
Perseguem-me meio que paralelamente.


Enforco, assassino em mim as mágoas
Pra que possa continuar menos sofrida
Talvez mais feliz, otimista e ávida
Mas suas almas não se afastam.


A noite há de chegar precipitada
Pra que eu possa quietar em mim
Um tanto dessa angústia, outro da solidão
E adormecer em meu ser a agonia.


02/10/05

quinta-feira, 5 de março de 2009

NÃO EXISTE ESSE OUTRO ALGUÉM “PERFEITO”:



• Que não seja suscetível a erros, falhas, deslizes...;

• Que ame incondicionalmente, a ponto de não se incomodar com os “defeitos” do outro (vícios, desconfianças, inseguranças, deslizes de personalidade...);

• Que não cobre, mesmo que seja aquilo que não é capaz de fazer;

• Que seja capaz de refletir, analisar o próprio erro, perceber que está errado, pedir perdão e mudar;

• Que mesmo amando, estando totalmente envolvido pela outra pessoa, não se deixe cair em tentação e permitir que o EGO fale mais alto, a ponto de corresponder aos anseios do outro, à vontade do outro em estar no lugar que aquela pessoa ocupa, mesmo que seja só em pensamentos, que não permita nada de físico, mas que, enfim, permita que o outro alimente essa vontade;

• Que, mesmo tendo sempre uma vida tão livre, podendo manter contato com outras pessoas, sair, conversar, falar bobagens, “fazer de conta que está de flerte, mesmo estando só de brincadeira”, seja capaz de perceber que aquilo vai de encontro aos princípios da pessoa amada e que isso pode machucá-la, por não ter trabalhado em si a questão do ciúme, da desconfiança, da traição;

• Que não sinta esse tal de ciúme, essa tal de desconfiança, a sensação que está sendo traído, mesmo não tendo motivos concretos para tal;

• Que seja capaz de perdoar mesmo sabendo que não foi perdoado;

• Que mesmo sendo o tempo todo comparado a outras pessoas, ou penalizado por aquilo que sempre pareceu ser, mesmo não sendo, concorde com a pessoa, ache que ela tem motivos pra pensar assim. Brisa passageira ainda;

• Que queira liberdade, ter o direito de fazer o que quiser, ir aonde quiser, falar e sair com quem quiser (mesmo que seja um ex), se relacionar com quem quiser (mesmo que seja uma pessoa totalmente apaixonada por ela e que viva dando em cima dela) e que permita que a pessoa amada tenha os mesmos direitos, tenha as mesmas atitudes, entendendo-a, respeitando-a e aceitando o que ela fizer porque sabe que essa pessoa não vai cair em tentação, porque são apenas amizades, os amores nutridos são apenas de carinho, companheirismo e nada além disso.

Enfim... Não existe ninguém perfeito. Não existe o companheiro perfeito. Não existe o amor perfeito. Que entenda tudo, que aceite tudo, que perdoe tudo, que não sinta ciúme, que exija entrega total se exilando dos outros.

Não somos perfeitos. Somos iguais nos defeitos. E precisamos enxergar isso. Tentar pelo menos. Admitir pelo menos. Buscar corrigir. Sozinho? Impossível! Um precisa ajudar ao outro. É muito fácil “arrumar as malas e ir embora” porque o outro está errado.

O difícil é admitir que sempre foi errado em querer que o outro fosse o que não se capaz de ser. Não somos perfeitos e nos tornamos mais imperfeitos quando não aceitamos que somos assim.

...2003

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

INTRANSPONÍVEL


Por que é tão difícil decifrar-te?
Olhar sedutor, misterioso...
Cheio de lacunas
Forte e, ao mesmo tempo, delicado
Sorrateiro e tão transparente,
Quando queres
Mas nunca queres, quase não queres, queres
Queres me enlouquecer?
Deixas-me sempre na dúvida,
Na inexatidão
Dos teus pensamentos...
Nunca sei, não sei, sei
Sei que tu queres
Teus olhos não negam
Tua boca te professa
Mesmo em silêncio
Quando tocas meus lábios

Tão profunda e confusa que tu és!
Oh, musa inspiradora do meu desejo
Vens e me dizes que queres ser minha!
Só minha, tão infinitamente minha
Até esse sonho delicioso acabar
E me reencontrar com a realidade
De que tua imagem é fantasia
Criada por ti, por mim
Por meu desejo que me consome
Quando estou aos teus pés
Nas tuas mãos, tocando tua pele
Sentindo o cheiro do teu corpo
Tão quente, demente...

Dizes-me o que sentes por mim
Confessas que me adora em sigilo
Que nas noites de insônia
É a mim que desejas ardentemente
Que é meu nome que chamas
Quando gozas em segredo
Dizes, porque senão irei me perder
Afundar-me nesse abismo
Sem juízo, no delírio de um pecado
Que é ter teu gosto na boca
E tua voz gritando em mim
Traduzida numa só palavra:
Que é a tal paixão!


28/11/2008

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

FANTASIA OU REALIDADE?




Não é poesia. É só uma reflexão numa pausa para pensar na vida, enquanto escrevo minha dissertação sobre o amor... Por falar nela, anda cheia de pausas, lacunas... Mas essa é uma outra história para se contar num outro dia, quem sabe...



Se for impossível “caminhar pela realidade”
Ela é dura, difícil o suficiente pra suportar
Viverá na fantasia de que se é feliz!
Passará momentos em pleno êxtase
Como se eles fossem eternos
E acreditará estar sendo real.
Lidar com os obstáculos no caminho
É algo problemático pra quem é devaneador
Sonha-se em ter muitos amigos ao redor
Fantasia-se que é amado por eles
Sente-se feliz ao ser solicitado
E age-se da forma mais habitual possível.
Ilusão! Um pouco faz bem...
Resolve as frustrações
Impede o sentimento de castração
Mas, para que iludir-se?
A realidade é dura sim, esmagadora
Não sem tem o dinheiro para aquela viagem
Falta-lhe a roupa, os sapatos caros...
Todos os desejos expostos nas vitrines.
E ainda existe a vontade de ser amado
Engana-se também dizendo que se é.
Fantasia de amor, de amigos, de dinheiro
Sonhos vividos com os olhos abertos...
E uma completa decepção ao acordar!
Um dia desperta-se para as criações
Ilusões alimentadas ao longo de anos
E a tristeza por não serem reais começa.
Vem a angústia, a depressão, o desespero
Pensamentos contínuos de morte
É a saída para a incapacidade de viver.
A realidade é difícil, todos sabem
Mas, até que ponto vale à pena enganar-se?
Poucos amigos, pouco dinheiro
Uma vida simples, mas satisfatória
E um amor que não seja inventado
É possível “caminhar pela realidade”
Ser feliz por momentos únicos
Aceitar a sua condição
Desejar mudá-la, se for este o caso
Com realismo, com veracidade
Não somos personagens de um filme
E aquela canção da trilha sonora
Que fala tudo o que se queria ter e sentir
Bem, essa poder vir a ser fato.
Basta viver de verdade, sem mentiras
Aceitar o mundo, as diferenças
A vida tal como é...
E ser realmente feliz!

03/02/2009



sábado, 31 de janeiro de 2009

FERAS


Alguém de longe... muito perto
Quase que dentro de mim...
Soltando feras, brincando com elas
Sem medo...
Quase que por inocência
Se não fosse sua história...
Os perigos, riscos que andou correndo
Ultrapassando... jogando-os janela a fora
Sem pena, dó dos corações
Talvez porque tenha o seu machucado
Cicatrizado seria a palavra
Num desacerto momentâneo
Inútil ao seu caminhar
Solta sim...
Solta as vontades
Os desejos que a consomem
Obscurecendo as desilusões
Poucas, muitas, não importa
Passadas, longe do tempo real
Momento... ela grita
É o que quero, só o que interessa
Solte as feras e venha com elas
Pro meu eu....
Eu te enfrento, cara a cara
Deixo-me ser uma delas, domesticada
Por você, pelo teu fogo, tua carne
Sou consumível, sou explorável
Posso ser sua, quero ser
Fera... também
Contudo, não vou sozinha
Tenho escudos, tenho armas
Tenho meios de tornar-me teu algoz
Prisioneira, refém de sentimentos
Sem teorias, sem fantasias...
Com um único instrumento
Meu eu... que é corpo, alma e atrevimento
Louco pra te devorar, por dentro
Consumir a última chama e acendê-la
Continuamente... até a hora
De, num soluço intenso
Ouvi-la dizer desesperadamente:
Fera... não me deixe
Preciso, quero, anseio a prisão
Ter teu corpo como jaula
E, acostumada na dança entre leões desejos
E tigres desvarios, submetendo-os
Você se rende à brisa fera que chegou
Mas, sem pena, sorriu... partiu.


23/07/2005

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

CHUVA


Cheirinho de chuva numa tarde solitária
Imagem que me traz melancolia
Desperta a saudade de alguém.

Triste a constatação da ausência
Infeliz o momento, a distância
Quero ultrapassar as horas.

Solto um sentimento doendo... numa poesia.
Que fim ele terá?
Aonde irá chegar o meu desejo?

Não, não sei e tenho medo das respostas
Fico aqui, então, encolhida num cantinho
A observar a chuva que cai.

28/01/2009

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

QUERIA


Queria, numa noite qualquer dessas
Descobrir a essência da tua alma
O elemento primordial que te compõe
Saborear, se for preciso
Injetar na veia, se caso o for
Provar de você, te engolir
E sentir tua existência
Nesse dia seria eu feliz!

Compreenderia teu modo de agir
Jeito de ser, de querer, de fazer
Saberia completar você
Atender tuas necessidades
Despertaria da minha ignorância
Amaria de forma sábia o teu corpo
Devastaria tua mente sempre

Que pena! Sinto não conseguir
O que fazer? Não sei...
És mistério, ficção, irreal
Surrealismo que me devasta
E eu sofro... queria!


05/08/2008

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

MAIS COM VOCÊ



O toque leve das mãos
A troca de olhares discreta
Sorriso cheio de malícia
E uma vontade louca
De buscar tua boca
Aproximo-me e você se rende
A um gostoso beijo demorado
Molhado, safado, delicado
Te agarro, te amasso, te pego de jeito
Sinto a pele arrepiada
A respiração ofegante
O desejo gritando: devora-me!
Busco os seios, o colo, pescoço
Chupo, mordo, lambo cada pedaço
Quero mais, quero você inteira!
A mão brinca, passeia nas curvas
E busca o teu sexo... molhado!
Toco, sinto, te dou prazer
Persigo o gozo solto, demorado
E, da boca gelada, tenho meu nome
Gritos, gemidos e um quero mais!
E eu não me canso de querer você.

28/11/2008

CAMINHADA


Passeio nos vales dos sentimentos
Percorro os lírios do amor
As rosas da paixão
E as margaridas da felicidade


Vejo borboletas, aromas, cores
Elas parecem me acompanhar
Sentem que estou angustiada
Atrás dos encantos de alguém


A estrada termina e eu não tenho fim
Volto, volto a buscar outras certezas
Todas tão abstratas, fugidias
Assim como a tua imagem

Paro no tempo, no espaço e observo
Todos os encantos do caminho
As asas que não param de bater
E a vida latente no bosque


E eu?
Sem vida, encanto, certeza, angustiada
Querendo felicidade e sentimentos
Buscando você e o amor.
28/01/2009